Carlos Lima – Economista O tarifaço de 50% imposto por Donald Trump a produtos estratégicos do Brasil não é apenas uma medida comercial hostil. É um ataque geopolítico com objetivos políticos nítidos: enfraquecer a economia brasileira, desestabilizar o governo e dividir o empresariado nacional. E diante desse ataque, parte da elite brasileira — ao invés de defender o país — se alia ao agressor. Surgem, então, com nitidez, os contornos da quinta coluna do capital: um bloco composto por empresários antipovo, operadores políticos da extrema-direita, representantes do bolsonarismo e setores do Congresso que, em vez de reagirem como nacionais, atuam como agentes internos de submissão. A expressão “quinta coluna”, cunhada durante a Guerra Civil Espanhola, descrevia os infiltrados que, de dentro da cidade, preparavam sua queda em favor das tropas inimigas. Hoje, ela se aplica com precisão a quem opera contra o projeto nacional e em favor dos interesses externos, especialmente os ligados ao tr...
Por: Carlos Lima – Economista A recente ofensiva do governo dos Estados Unidos contra o Brasil, com a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e a inclusão do ministro Alexandre de Moraes em uma lista de sanções unilaterais, marca um novo e perigoso capítulo nas relações entre centro e periferia no sistema internacional. Longe de serem apenas reações políticas episódicas, as medidas revelam o uso explícito do poder econômico como instrumento de coerção externa. Na prática, o governo Trump tenta transformar tarifas e sanções em armas diplomáticas para defender seus aliados políticos no Brasil e enfraquecer instituições democráticas que resistem ao avanço autoritário da extrema-direita. Ao mirar o Supremo Tribunal Federal e o governo Lula, os EUA atingem, na verdade, a economia e a soberania brasileiras como um todo. A resposta do Brasil precisa ser firme, articulada e estrutural. É hora de revisar a dependência do sistema financeiro internacional dominado pelo dólar...