Pular para o conteúdo principal

Seção do CES é lançada no Rio de Janeiro com foco na formação classista


"Viva o CES! Viva a Classe Trabalhadora! Viva o Socialismo!" Foi com essas palavras de entusiasmo e compromisso que terminou a cerimônia de lançamento do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (CES) no estado do Rio de Janeiro. Realizado na tarde do dia 26 de setembro, o evento marcou oficialmente a criação da Seção RJ do CES Nacional e reuniu dezenas de dirigentes sindicais, militantes, lideranças políticas e ativistas no auditório do SINTECT-RJ, no Centro do Rio.

O ato foi conduzido por Liliana Aparecida de Lima, Coordenadora Geral do CES Nacional, e por Augusto César Petta, um dos fundadores e atual Coordenador de Formação da entidade. Também esteve à frente dos trabalhos Carlos Lima (Carlão), que assumiu a Coordenação Geral da nova seção fluminense. Ao final da atividade, foi aprovada por aclamação a criação oficial da Seção CES-RJ como parte integrante do CES Nacional, além da eleição da coordenação local, composta por:

  • Coordenação Geral: Carlos Lima
  • Diretoria de Formação Política e Classista: Márcia Silva
  • Diretoria de Pesquisa e Produção de Conhecimento: André Lemos
  • Diretoria de Relacionamento Institucional: Antonio Carlos dos Santos

Formação com identidade classista

Durante as falas, os dirigentes reforçaram o papel estratégico da formação sindical na elevação da consciência política dos trabalhadores. Augusto Petta destacou o acúmulo histórico do CES em mais de quatro décadas de atuação. “O CES tem tradição, acervo, pedagogia e compromisso com a classe trabalhadora. Agora, com o núcleo do Rio de Janeiro, damos um passo fundamental para a retomada da formação de base e da produção de conhecimento voltada à transformação social.”

Carlos Lima, ao assumir a coordenação local, afirmou: “A missão do CES-RJ será reconstruir os caminhos da formação classista no Rio, com os pés fincados na realidade do nosso povo e os olhos voltados para a construção do socialismo.” Estiveram presentes e fizeram uso da palavra nomes como João Batista Lemos, Secretário Sindical e dos Trabalhadores do PCdoB-RJ, e Daniel Iliescu, presidente estadual do partido, ambos ressaltando a importância do CES como ferramenta de luta de ideias, organização de base e resistência ao avanço da precarização e do neoliberalismo. Márcio Ayer, recém chegado de tarefas na China, destacou a importância da formação e da organização dos trabalhadores. Outros oradores destacaram a formação sindical como necessária e urgente.

Um centro com história e futuro

O CES Nacional, fundado na década de 1980, é uma referência em formação sindical classista e produção de conhecimento sobre o mundo do trabalho. A entidade atua oferecendo cursos, oficinas, pesquisas, publicações e apoio à organização de dirigentes e lideranças populares em todo o Brasil. Suas ações sempre buscaram articular teoria e prática, formação crítica e compromisso com a emancipação da classe trabalhadora.

Com o novo núcleo fluminense, essa tradição se fortalece. A Seção Rio de Janeiro já planeja suas primeiras atividades e pretende iniciar, entre outubro e novembro, uma série de cursos de formação básica com sindicatos estratégicos como rodoviários, frentistas, comerciários e trabalhadores dos Correios, educação e saúde. A proposta é construir uma rede sólida de formação sindical, ancorada na realidade fluminense e conectada aos desafios nacionais e internacionais do mundo do trabalho.

Um novo ciclo de luta e formação

O lançamento do CES-RJ acontece em um momento decisivo, em que as novas formas de exploração do trabalho, a reestruturação produtiva e o avanço da extrema direita colocam à prova a capacidade de resistência e organização da classe trabalhadora.

“O que está em disputa é a consciência. A luta sindical, para ser efetiva, precisa estar ancorada em formação, em valores, em projeto de país. E é isso que o CES oferece: ferramentas para pensar, resistir e construir o novo”, concluiu Carlos Lima, em nome da nova coordenação.

Viva o CES! Viva a Classe Trabalhadora! Viva o Socialismo!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O bolsonarismo é a vanguarda da traição nacional e da sabotagem econômica

Por: Carlos Lima   O bolsonarismo é hoje a mais perigosa expressão do entreguismo contemporâneo Disfarçado de patriotismo, mascarado com cores da bandeira e entoando hinos enquanto desfere golpes contra a soberania nacional, esse movimento liderado por Jair Bolsonaro e seus filhos representa não apenas uma degeneração política e moral da direita brasileira, mas a sua fusão completa com interesses externos — particularmente os dos Estados Unidos. Trata-se de um projeto de poder construído para destruir as bases econômicas e institucionais do Brasil enquanto nação independente, transformando-o num satélite dócil do capital internacional. Seu funcionamento combina desinformação sistemática, deslegitimação do Estado, milicianismo digital, violência simbólica e física, e submissão absoluta aos ditames do imperialismo financeiro. A conexão orgânica com o trumpismo é mais do que ideológica: é funcional, estratégica, operativa. Estamos diante de uma articulação transnacional da extrema di...

Elias Jabbour: O Fenômeno Intelectual que Recoloca o Socialismo no Centro da Política Brasileira

  Por Carlos Lima* Em um Brasil marcado pela desigualdade histórica, por sucessivas crises do neoliberalismo e por uma esquerda muitas vezes encurralada no debate público, um intelectual tem surpreendido pelo alcance de suas ideias e pela força de sua trajetória: Elias Jabbour. Geógrafo, professor da UERJ, doutor pela USP, ex-diretor do Banco dos BRICS, autor premiado na China e militante comunista desde a juventude, Jabbour se tornou o epicentro de um fenômeno político e teórico: a retomada do socialismo como projeto de futuro — não como nostalgia do passado. Mas o que explica o impacto de Elias Jabbour em praças lotadas, redes sociais efervescentes, bancadas parlamentares e programas de pós-graduação? O que faz dele uma referência para comunistas, desenvolvimentistas, jovens militantes e até curiosos do campo econômico? A resposta está tanto em suas ideias quanto em sua vida. Da periferia de São Paulo à vanguarda do pensamento socialista Elias Marco Khalil Jabbour nasceu em ...

A lição sociológica do caso Esquerdogata

Por Carlos Lima Nos últimos dias, o nome de uma influenciadora conhecida como Esquerdogata dominou as redes sociais após ser detida em uma ocorrência policial e reagir com deboche aos agentes, comparando o preço de sua sandália com o carro deles. A cena, amplamente divulgada, gerou indignação até mesmo entre militantes de esquerda, que viram no gesto uma contradição profunda com os valores que ela dizia defender. O episódio, porém, ultrapassa o erro individual. Ele evidencia as tensões de uma época em que a militância política se expressa, em grande parte, nas redes — território onde convivem, lado a lado, a luta genuína e o narcisismo travestido de consciência. As redes se tornaram ferramentas indispensáveis para denunciar injustiças, mobilizar solidariedade e dar visibilidade a causas populares. Mas também podem transformar a política em espetáculo, quando a busca por relevância supera o compromisso com o coletivo. O comportamento arrogante diante de trabalhadores expôs um traço d...